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Conto de amor com cheirinho do nectar da flor

terça-feira, novembro 24, 2009




Há uns dias, fui desafiada pela Rebeca e pelo Jota Cê, para uma blogagem colectiva, em que quem se escrevesse teria de contar uma história de amor contada por nós e postar no dia 24 de Novembro. Eu achei interessante e  aceitei, por isso mesmo estou aqui para vos mostrar a história que eu criei, no dia que desafiaram deu a história do muro de Berlim e eu inspirei-me nela, espero que gostem

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25 de Agosto de 1955

Era uma tarde de Verão em Berlim. Liese brincava na rua do seu prédio com a sua velha boneca de pano, quando Friedreich aparece e estraga a boneca que Liese tanto adorava. Ela sentara-se nas escadas da entrada do seu prédio, e com a cabeça nos joelhos, chorava. Chorava de desgosto, e Friedreich, começou a sentir o peso da consciência. Após cinco minutos a olhar aquela menina ele resolveu sentar-se ao lado dela, com medo, mas com as suas mãos começou a acariciar os cabelos de Liese, e num tom triste disse:

- Desculpa!

Ouvindo isto, a menina levantou a cabeça, e com os olhos cheios de água, olhou-o e perguntou-lhe:

- Porquê? Porque me fizes-te isto se não me conheces?
- Eu... eu não sei bem.Sabes, sou novo aqui, vim de um bairro onde a violência dominava as pessoas. Aqui é diferente e eu não me tinha apercebido disso, nunca pensei que ao estragar a tua boneca desatasses a chorar. - Disse ele, tentando explicar o que tinha feito.
- Sim, mas as pessoas são diferentes, reagem de formas diferentes, e tu... tu estragas-te a minha boneca preferida. - Disse ela, entre soluços.

Friedreich ficou em silêncio por uns momentos, e nesses momentos pensava numa forma de compensar a rapariga, após uns minutos, ele disse:

- A minha mãe é costureira, e pode dar-te um jeito na boca, acho que é o mínimo que posso fazer por ti depois do que fiz.

Liese concordou, e lá foram os dois.

5 de Dezembro de 1955

Liese e Friedreich tinham feito amizade. E faltavam apenas 5 dias para o aniversário de Liese. Ia completar 10 anos, e Friedreich pensava num presente ideal para a sua amiga. Quando passeava pelas ruas de Berlim, deparou-se com uma loja de brinquedos, e ali ficou a mirar a montra. O que ele olhava, eram dois ursinhos de mãos dadas, a ursa com um lacinho junto à orelha, e o urso tinha uma gravata ao pescoço. Aquele era o presente ideal para Liese recordar sempre aquela amizade, que tinha começado tão mal, mas que agora era inseparável.Mas ao ver o preço, percebeu que não poderia comprar, então ajoelhou-se perante a montra e uma lágrima rolou pelo rosto. O dono da loja, Mr Antonhy, apreciava Friedreiche do balcão, e preocupado saiu à rua derigindo-se ao rapaz:

- Então, meu rapaz, porque choras?
- Uma amiga especial faz anos daqui a cinco dias, e queria lhe oferecer estes ursinhos, mas não tenho nem metade do dinheiro que o senhor pede por eles. - Respondeu Friedreich muito triste.
- Mas, não podes comprar algo que custo o dinheiro que tens? - Perguntou intrigado Mr Antonhy.
- Não. Ela é especial, logo queria que o presente fosse tão especial como ela, e que a fizesse lembrar de mim, da nossa amizade. E nada que custe o preço daquilo que tenho, é especial. A única coisa especial que encontrei, foram estes ursos, estão à medida dela e sem dúvida que é o presente ideal. - Tentou explicar.
- Estou a ver. - Disse Mr Antonhy. - Bem, vamos para dentro da loja conversar que não tarda vai nevar.

Entraram na loja, sentados em cadeirões junto a uma lareira, a beber chocolate quente, e Mr Antonhy disse:

- Sabes meu jovem, quando eu tinha a tua idade, também tive uma amizade muito especial, que se tornou em amor. Casamos e tivemos seis filhos, fomos muito felizes. Mas, infelizmente uma tuberculose levou-a à dois anos.
- Lamento muito, Mr Antonhy. - Disse Friedreich.
- Como podes ver, compreendo bem a tua situação. Por isso mesmo, vou-te dar uma ajuda, uma ajuda que eu nunca tive quando tinha a tua idade. Vou vender-te os ursos por metade do preço. - Disse, muito carinhosamente, Mr Antonhy.
- Mas, Mr Antonhy, eu não tenho nem metade do dinheiro.- Lamentou-se Friedreich.
- Não tem problema, trazes o resto quando tiveres, e a outra metade ofereço eu. Um segredo só nosso. - Disse Mr Antonhy piscanedo-lhe o olho.

Friedreich, sorriu e agradeceu. E Mr Antonhy fez um embrulho bem bonito. E aquele menino saiu de presente na mão, sorrindo pelo caminho fora.

10 de Dezembro de 1955

Era o dia de anos de Liese, antes da pequena festa que sua mãe estava a preparar, Friedreich convidou Liese para darem um passeio pelo parque. Depois de muito andar, sentaram-se num banco de jardim junto ao lago, onde Friedreich  lhe deu seu presente. A aniversariante abriu o embrulho com entusiasmo e cuidado ao mesmo tempo. Quando viu os ursos, exclamou de alegria:

- É lindo, Friedreich. Gostei mesmo, muito obrigada.

E como forma de agradecimento, deu-lhe um beijo na face. O menino corou e sorriu, ao de leve. Do nada levantou-se e ajoelhou-se em frente à menina e afirmou:

- Liese, eu prometo que de hoje em diante te vou proteger de todos os males e nunca te vou deixar. Vais ser sempre, a minha melhor amiga.

22 de Dezembro de 1955

Friedreich, já tinha o resto do dinheiro, e quis fazer uma visita a Mr Antonhy, e para agradecer a sua generosidade, levava consigo um presente, uma camisola de lã que tinha pedido à sua mãe para fazer.

- Olá Mr Antonhy, como está? - Perguntou ele
- Olá meu jovem, estou bem, obrigado. E tu?
- Eu também estou bem, obrigado. Vim trazer o resto do dinheiro, e lhe trazer este presente de Natal que pedi à minha mãe para fazer especialmente para si. - Disse contente, Friedreich.

Estiveram bastante tempo à conversa, Friedreich contara a Mr Antonhy o que acontecera no parque com Liese. Mr Antonhy, contou ao menino o tempo em que fora para a primeira guerra Mundial em 1919. Dissera o quão triste estava por ter perdido tanto tempo na gerra, quando poderia ter aproveitado esse tempo do lado do seu grande amor, Anne.

28 de Dezembro de 1955

Já iam a poucos dias do Natal, e já faltavam poucos para o ano novo. Friedreich achou que estava na altura de apresentar a sua amiga especial, ao avô emprestado. Quando chegaram à loja, Mr Antonhy foi à cozinha tirar do forno uns biscoitos e fazer chocolate quente, enquanto os meninos se instalavam junto à lareira. Enquanto petiscavam iam conversando, sobre isto e sobre aquilo. Por momentos, a alma de Mr Antonhy viajou até ao passado, reviu-se na pele de Friedreich, e a sua amada Anne na de Liese. Lembrou-se de tantos momentos felizes, de quando eram crianças e brincavam, de quando eram adolescentes e passeavam, do dia em que casaram até ao nascimento dos filhos, e quando se lembrou do último dia em que a vira com vida pela última vez, uma lágrima deslisou pela sua face contornando as suas rugas, de quem já tinha vivido muito.

31 de Dezembro de 1955

Era hoje, o último dia do ano em que conhecera Liese, e amanhã um novo ano começava. Friedreich, tinha de dizer à sua amiga, tudo aquilo que sentia, mas faltava-lhe a coragem. Pensou em escrever uma carta, mas depois achou que o melhor seria falar com ela pessoalmente.
Foram até ao parque, sentaram-se no mesmo banco de sempre, junto ao lago. Friedreich corou e gaguejou, Liese sorria ao ver que o seu amigo, estava encavacado de vergonha, mas ele lá se encheu de coragem, respirou fundo e falou:

- Liese, este foi o melhor ano da minha vida, porque te conheci. Contigo aprendi que, preocupar-nos com os outros e ajudar o próximo, afinal não é assim tão mau. Gostei de todos os momentos que passei contigo, ajudas-te me a crescer e a ser uma pessoa melhor, obrigado. Quero passar contigo todos os dias do ano que aí vem, e do próximo, e de todos os anos das nossas vidas. Gosto muito de ti, Liese, e és muito importante.

Calaram-se por minutos. Ambos coradíssimos, envergonhadíssimos. De repente, Liese pega na mão do menino, olhando nos olhos dele diz-lhe que também sente o mesmo, e que nunca irá esquecer aquela amizade.

14 de Maio de 1958

Era o dia de anos do Friedreich, completava 14 anos, e para comemorar, convidou Liese para um cinema depois das aulas. Depois do filme, Friedreich ía levar a sua amiga a casa, mas antes deram um passeio pelo parque dos costume. Do nada, apenas por impulso, os dois beijaram-se. E logo sentaram-se no banco, encarnados e envergonhados, sem se quer abrirem a boca, olhavam tudo o que lhes rodeava.
Para quebrar aquele silencio, Friedreich falou:

- Liese, eu  não consigo esconder mais aquilo que sinto. O sentimento alterou-se, agora quando estou contigo o coração bate tanto que parece que vai saltar pela boca, as pernas tremem-me. E quando não estás, penso em ti a todos os instantes, além de que sinto uma espécie de borboletas no estômago... eu não sei bem o que é, e de repente deu-me vontade de te beijar...

Liese olhou-o, e disse que também se sentia assim, mas que não sabia bem o que aquilo era porque nunca tinha sentido nada assim.Os dois, acharam por bem falar disso com alguém com mais experiência de vida, e ninguém melhor que o Mr Antonhy para o fazer. Comno estava a ficar tarde, resolveram visitar-lo no dia seguinte após as aulas.
E assim foi, quando chegaram à loja Mr Antonhy sorriu de alegria de os ver, mas os jovens ficaram preocupados quando viram que aquele senhor, que já estava bastante doente, e que para andar necessitava do amparo de uma bengala. Mr Antonhy, tentou acalma-los, dizendo-lhes que aquilo era da idade que já começava a pesar. Os meninos, contaram o que sentiam mas que não sabiam o que era, sábio, Mr Antonhy contou por entre um sorriso:

- No dia em que o Friedreich me contou da vossa amizade, lembrei-me da minha relação com a minha falecida esposa. Começou também, por uma amizade e passado uns anos começamos a sentir um pelo outro aquilo que vocês estão a sentir. Não é em vão que me revejo a mim e à minha querida Anne nas vossas peles. Não se assustem, porque não há sentimento mais belo e bom do que aquele que vocês estão a sentir. Chama-se amor. O amor é o que une duas pessoas para toda a vida, aqueles namorados que depois acabam  por se casar e terem filhos, é isso que vos vai acontecer porque é isso que vocês sentem. Mas, nem sempre o amor corre bem, algumas zangas e mágoas acontecem, mas isso é bom, porque une mais o casal e ajuda as pessoas a crescerem um pouco mais e a saber defenderem-se.

Os meninos, um pouco assustados com que tinham acabado de ouvir, saíram e foram para suas casas a pensarem naquilo tudo.

03 de Setembro de 1958

Uma notícia muito triste tinha chegado para os dois meninos. Mr Antonhy tinha falecido, estava cada vez mais doente mais debilitado, já tinha vivido tanto, que não resistira e partira para fazer companhia à sua querida Anne. Os dois tinham ido ao seu funeral prestar-lhe uma última homenagem.

12 de Fevereiro de 1959

Os dois estavam mais crescidos, e repensaram naquilo que Mr Antonhy lhes tinha dito. Já não conseguiam mais esconder aquilo que sentiam. Já não conseguiam disfarçar o que sentiam um pelo outro, já há muito tinha deixado de ser só amizade.
Num passeio que deram pela cidade, falaram sobre isso e Friedreich deixou a sua vergonha de lado e pediu Liese em namoro, que esta logo aceitou muito feliz. Acharam por bem, que nos primeiros tempos manter o namoro em segredo, para verem como se davam como namorados e só aí pensavam em contar à família e amigos.

20 de Setembro de 1959

Já lá iam sete meses desde que começaram a namorar. Tudo tinha corrido bem, conversaram e decidiram que aquele seria o momento certo para anunciar a novidade às famílias. Organizou-se um jantar entre as duas famílias, e no momento de contar a boa nova, a família reagiu bem, ficaram todos felizes, no fundo todos estavão à espera que isso acontecesse. E como não podia deixar de ser, na tarde seguinte foram ao cemitério visitar o falecido Mr Antonhy e contar tudo como se ele ainda ali estivesse para os ouvir e aconselhar.

17 de Março de 1960

Já passava um pouco mais de um ano de namoro entre os dois. Decidiram que estava na altura certa de se unirem, entregar-se um ao outro. Perderem a virgindade juntos para fortaleceram ainda mais a relação. Deram um grande passo, juntos, algo que os dois queriam muito.
Tudo correu como o desejado, tal e qual como tinham sonhado. Tal e qual como pretendiam, com receio de se desiludirem mas muito pelo contrário.

29 de Julho de 1961

Liese estava muito preocupada. A mestruação não aparecia há mais de um mês, e sabia, por conselhos de sua irmã mais velha que aquilo poderia ser uma gravidez. Sentia-se muito assustada com tudo aquilo. E finalmente resolvera contar aquilo a Friedreich,  que ficara assustado mas ao mesmo tempo contente porque seria um filho, fruto de um grande amor. Liese garantiu-lhe que iria pedir à irmã para a acompanhar a uma consulta para que tivesse a certeza de que seria um filho. E Friedreich concordou, dizendo também que se o que suspeitavam se confirma-se, casariam e a faria muito feliz.

Os dias passaram, e um contratempo surgiu. Era 13 de Agosto de 1961 e a República Democrata Alemã, construira o Muro de Berlim, que os separou. Ficaram separados por causa de uma guerra entre partidos e não tinham forma de se contactarem. A gravidez confirmou-se e Liese teve o apoio e a ajuda da sua família. Porém faltava a do seu amor, mas que ele não tivera nenhuma culpa disso. Liese arranjou um emprego na fábrica de tecidos, e todos os dias escrevia cartas a Friedreich, mas que não as podia enviar por isso guardou-as numa caixa debaixo da sua cama. No dia do parto, não nasceu um filho, mas sim dois, eram gemeos mas um casal, que Liese os baptizou de Antonhy e Anne, em homenagem aquele amigo, sabia que seria uma decisão aprovada por Friedreich.

Liese vivia do trabalho, de criar os dois filhos, e nos seus momentos a sós pensava no seu amor.
Friedreich, trabalhava e também  pensava nela todos os dias a todos os instantes. Tanto um como outro, nunca quiseram refazer suas vidas com outras pessoas. 20 anos passaram, e os cidadãos de Berlim, cansados de estarem separadsos dos amigos e famíliares, por causa de um muro de uma maltida guerra política, destruíram aquele muro.
Liese e Friedreich, reencontraram-se e virão que nada destruía aquele amor, nem mesmo 20 anos separados. Friedreich estava um homem feito, e apaixonou-se de imediato pelos dois filhos que nem sabia que existiam.
Dexde aí não mais se separaram.

By: Daniela Silva

Desculpem, tive que reduzir algumas coisas senão saía daqui um livro lol.

10 comentários @:

~*Rebeca*~ disse...

Dani, que conto mais detalhado e cheio de magia, viu? Começaram crianças e terminaram dois adultos apaixonados. O tempo não separa o que está escrito no coração da vida de um amor.

Parabéns, menina linda!

Beijo grande e boa sorte.

Rebeca


-

Unknown disse...

Li todos e o seu foi o mais surpreendente. JÁ GANHOU, JÁ GANHOU =D

Martinha disse...

Que linda história de amor. Adorei :)

Beijinho *

Emanuel disse...

O Amor, como o Tempo, diverte-se em tecer momentos. Parabéns pelo seu conto!

M. disse...

Giro!

Beijinho

Vida disse...

Lembrarás tu que as manhãs
Acordam da tua luz fugidia
És esperança de perdida estrela
Quem recolhe a dor em Deus confia

Assombração que o luar esqueceu
Nas margens de um lago azul
Hoje passou a voar por mim
A última garça a caminho do sul

Era alva como a espuma do mar
Graciosa como mulher feliz
Voava de encontro ao vento
Com olhar brilhante de petiz


Boa semana


Mágico beijo

Sandra disse...

Que linda história de amor..
20 anos de espera, para ser felizes depois.
Nossa,,,encantador...

Cada um de nós traz a sua história, conto de amor, pelo qual um dia foi vivido ou vivenciado.
Não é fácil retomar alguns desses momentos. Mas temos que ter a coragem e falar desse amor.
Este momento, foi nos proporcionado pelo blog da Rebeca, onde cada um tinha a sua liberdade de escolha e publicar o seu conto.
Fiquei muito feliz em estar participando com o blog uma interação de amigos.
Aqui todos falam do amor, comentam e compartilham.
venha e participe:http://sandrarandrade7.blogspot.com

com muito carinho seras bem recebida, lá.
Sandra

Fragmentos Betty Martins disse...

.________querida Dani





".também sou participante
da "blogagem coletiva - néctar da flor"


...


linda história de amor_________a de Liese e Friedreich




parabéns por esta partilha tão bela






:)






_______________///







beijO______ternO

Hod disse...

Olá Dani,

Parabéns por ser voce uma das dez escolhidas com seu belo conto. Participar dessa iniciativa promovida pela Rebeca já foi um prêmio.

Forte Abraço, Alôha...

Hod.

Fragmentos Betty Martins disse...

.__________querida Dani




muitos parabéns! pois foi uma das vencedoras com a sua "bela história" na "Blogagem coletiva"



:)







____________///







beijO_______ternO
b.semana